sexta-feira, janeiro 31, 2014

Intolerância ao glúten? Doença celíaca? O que é o glúten? Como diagnosticar?

Oi pessoal!

Hoje a nossa nutricionista Isabele Maranhão da coluna Nutrição na Cozinha, vai falar sobre o glúten, doença que tem gerado muita curiosidade ultimamente. Segue o artigo dela desta semana!

Essas dúvidas são frequentes na atualidade. Então tentarei explicar a vocês de forma mais fácil, o glúten é a principal fração proteica presente em alguns alimentos com denominações diferentes, na aveia (avenina) no trigo (gliadina), no centeio (secalina) e na cevada (hordeína) e este componente proteico é formado em junção com a glutenina através do processo de sovagem, que é a mistura e agitação, como de uma massa, por exemplo.

Imagem daqui
A doença celíaca é uma alteração no intestino que tem envolvimento de anticorpos pela sensibilidade ao glúten, ou intolerância permanente ao glúten, naqueles indivíduos que são geneticamente predispostos. O portador dessa doença pode apresentar atrofia total ou subtotal das vilosidades do intestino delgado, ou seja, essas vilosidades são responsáveis pela absorção dos nutrientes e nelas estão presentes algumas enzimas, como a lactase por exemplo, enzima que digere a lactose (Mas, isso é outro assunto!), então sem elas a absorção de alguns nutrientes fica comprometida o que pode levar o indivíduo a um quadro de deficiência de nutrientes. 

Diante de sintomas (de diarréia, distensão abdominal, vômito, perda de peso até osteoporose, artrite e infertilidade, como pode ser assintomático - não apresentar sintoma). A partir de algumas dessas queixas, o médico gastroenterologista solicita alguns exames chamados de marcadores sorológicos que são os anticorpos: antigliadina, antiendomísio e antitransglutaminase; isso sempre associado a uma endoscopia digestiva alta com biópsia de intestino delgado. E a partir daí é dado o diagnóstico, se confirmada a doença celíaca, o indivíduo provavelmente será encaminhado ao nutricionista para uma dieta livre de glúten e adequada às suas necessidades. 

Lembrando que em 2003 a indústria foi obrigada, segundo a Lei 10.674, de 16/05/2003, a informar no rótulo de seus produtos a presença ou ausência de glúten com a expressão: com ou sem glúten. Além disso, a variedade atual de alimentos sem glúten e a criação de receitas sem glúten que normalmente contém glúten na sua preparação, como pizza, salgados, bolos, biscoitos, é bastante extensa; o que favorece um melhor convívio com a doença aliado a qualidade de vida das pessoas, sem comprometer seu bem-estar. E atenção, assim como as alergias alimentares, atentar para a contaminação cruzada, tanto em casa como na rua, em outras palavras evitar a entrada ou o contato dos alimentos ou produtos que contém glúten com os alimentos sem glúten que serão consumidos pelos celíacos; também atentar para alguns cosméticos que apresentam trigo na sua composição.

Agora fica mais fácil de entender não é?

Beijos

Isabele Maranhão

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